O Brasil assumiu o primeiro lugar em número de casos prováveis de dengue em todo o mundo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o país já acumula 3,57 milhões de casos, sendo 165.946 confirmados em Santa Catarina.
Segundo dados do Ministério da Saúde, Santa Catarina ocupa a quarta posição em incidência de casos prováveis a cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná, respectivamente.
A incidência em Santa Catarina é de 4.132 casos a cada 100 mil habitantes. No Distrito Federal, a incidência é de 9.194 casos a cada 100 mil habitantes, em Minas Gerais é de 7.753, e no Paraná é de 5.032.
Em Santa Catarina, já foram registradas 226 mortes pela doença.
Em relação à Chikungunya, foram contabilizados 462 casos prováveis em Santa Catarina, sem nenhuma morte confirmada até o momento.
O que é a dengue?
Segundo a Dive, a dengue é uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada.
Sintomas de dengue:
De acordo com o Ministério da Saúde, todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno.
No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:
- dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
- vômitos persistentes;
- acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
- hipotensão postural e/ou lipotímia;
- letargia e/ou irritabilidade;
- aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) maior 2cm;
- sangramento de mucosa; e
- aumento progressivo do hematócrito.
Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas maiores de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.
Tratamento
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:
- Repouso;
- Ingestão de líquidos;
- Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
- Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.
No entanto, apesar das medidas, ainda não existe tratamento específico para a doença.
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