Neste sábado, o prefeito Josué Ramos surpreendeu a população de Vargem Grande Paulista com o anúncio do ambicioso programa Tarifa Zero, um investimento estimado em nada menos que R$ 72 milhões. Enquanto isso, preocupações emergem quanto à negligência com áreas cruciais como saúde e segurança.
O contrato exorbitante, numerado como 07/2024 no processo licitatório 150/2023, firmado entre a prefeitura local e a empresa Logitec - Gerenciamento de Projetos e Serviços Ltda, sediada em São Bernardo do Campo, prevê a aquisição de 14 ônibus semi novos para circulação na cidade.
Essa revelação deixou os moradores em estado de indignação, com muitos questionando a prioridade dada a esse projeto diante das crescentes demandas por investimentos na saúde e na segurança. A dificuldade em marcar consultas e exames médicos é uma realidade enfrentada pela população, com relatos até mesmo de escassez de profissionais da saúde.
A ausência de medidas efetivas para conter a crescente insegurança na cidade também está gerando grande preocupação. Apesar da presença da Polícia Militar na região do km 40, uma série de assaltos e roubos continua assolando a população, deixando-a insegura.
Wagner Martins, comerciante local que já foi vítima de assaltos repetidas vezes, lamenta a alocação de recursos: "O prefeito Josué prefere investir em ônibus elétricos em vez de fortalecer o comércio e garantir a segurança. Nossa cidade precisa de ações concretas, não de iniciativas superficiais que só prejudicam".
Enquanto o prefeito Josué aposta na imagem positiva que os ônibus elétricos podem trazer, visando alavancar a popularidade de sua sucessora, Larissa, a qual enfrenta grande rejeição devido à administração atual, ele se encontra em um impasse com a Justiça.
A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinando a suspensão do edital e contrato com a empresa Logitec Gerenciamento de Projetos, foi desconsiderada pelo prefeito, o que levanta questionamentos sobre possíveis manipulações no processo licitatório em favor da empresa vencedora.
Enquanto a cidade se debate com essas questões, as respostas continuam escassas. Será que interesses políticos obscureceram o processo? Por que a empresa Viação Campinense Ltda foi desqualificada após contestar o edital, levantando suspeitas de irregularidades? A população aguarda por respostas enquanto enfrenta as consequências de decisões questionáveis por parte da administração municipal.
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